terça-feira, 7 de janeiro de 2014

"Crenças"

Hoje apetece-me reflectir acerca de um assunto bastante vago, e já estou a ser optimista ao dizê-lo desta maneira. A religião. Desde pequeno sempre tive como rotina ir à igreja. Aos sábados "era certinho". Claro que preferia ficar em casa mas não era algo que me incomodasse em demasia. Era quase como uma tradição e quebrar tradições é sempre algo delicado. Nunca questionei o motivo pelo qual lá ia. Na catequese sempre me ensinaram que Deus criou o mundo como o conhecemos, que Lhe devemos tudo e por isso é fundamental perder um pouco do nosso tempo apenas e só para Ele. Segundo os meus avós, um "pai-nosso" era suficiente para um exame correr de feição e eu, ouvindo todas estas "dicas", lá fazia o que achava que me iria beneficiar. Se eu fosse uma pessoa responsável e amiga, boa pessoa portanto, que nada de mal me poderia acontecer. Com tantos argumentos a defender esta "teoria" que me envolvia desde criança era difícil dizer que não, porque para eles, Deus era, e é, uma figura inquestionável. Hoje, como seria de esperar, sou mais céptico quando me interpelam com as mesmas razões da Sua grandeza. Não os condeno por pensarem assim. A religião sempre foi vista com uma entidade suprema. Qualquer individuo que pusesse em causa a sua grandiosidade era queimado na praça, e era assim que me sentia. As consequências eram as mesmas (figurativamente claro). Hoje vou à igreja por respeito e não por algo em que acredite, porque apesar de todas as influências, acho que a própria geração em que estou inserido, parece que adopta pontos de vista mais científicos, por assim dizer. Não é possível que algo tão "inexistente" tenha criado, "do nada" o que quer que seja. Não há provas, mas a fé, para todos aqueles que acreditam, basta. Poderia estar a debitar milhares de palavras que refutassem tal ideia mas assim como "eles" pensam eu também penso, e os pensamentos sim, esses são indestrutíveis.

O Pensador.


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