sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

"Médicos...."

Sou o irmão do meio, de três. Sou o único rapaz de uma casa com duas mulheres e uma menina ainda. Eu, sozinho, no meio de três seres que adoram ir às compras, que gostam de tudo o que não gosto. Que nunca me acompanham na visualização de um jogo de futebol. Nem sequer sabem se é o Porto ou Benfica que está a jogar ou qual a cor da camisola que vergam, e assim vivo há cerca de 18 anos. Não tem sido fácil e por isso te escrevo. Embora conviva diariamente com tais criaturas, tento sempre adaptar-me. Ainda não sei qual o momento exato para saír do quarto e suportar os seus ruídos que parecem distantes do português. São, portanto, seres notáveis. Apesar das suas características sempre desejei que o médico ou médica tivesse proferido as seguintes palavras: "É um menino! Parabéns!". Tal não aconteceu. Talvez se tivesse clamado: "É uma menina que adora futebol, que sabe quando Porto joga, e além disso tem a plena noção que uma ida ao shopping é aborrecida. Isso sim, seria de louvar.

O Pensador

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